sábado, 28 de novembro de 2009

Um cantinho cuiabano em Sinop



Estive poucas e inesquecíveis vezes no norte de Mato Grosso. Fui à Juína uma vez, gravar uma pequena participação num filme de Hermano Penna. Viagem longa, tensa, num avião de pequeno porte, que sacolejava indescritivelmente. Voltei pra casa, lembro-me bem, com o coração na mão, num dia 21 de março, data de meu aniversário. Enquanto olhava aquela imensidão de mata com o avião sacolejando, pedia aos deuses e às deusas pra não deixar-me morrer no dia do meu aniversário. E muito menos ter o meu corpo atirado àquela imensidão de floresta. Percebi que, se isso ocorresse, jamais localizariam meus restos mortais. Felizmente, como vêem, cheguei com vida.


Da outra vez, fui à Alta Floresta, com Liu Arruda, apresentar um espetáculo. Bati os pés e fui de ônibus. “Seguro morreu de velho”. Meu medo era acontecer comigo o que aconteceu com Leila Diniz. Uma diferença, sutil diga-se, era que ela estava a caminho das Índias e eu de Alta Floresta. No entanto, corri outro risco: chegando ao hotel (lindo, ao redor de uma vasta e misteriosa mata), avisto da janela do quarto um macaco. Comentei com um dos funcionários e este me alertou que recentemente um deles pegou uma faca e correu atrás de um hóspede. Pronto, tranquei tudo e só saí depois que nossa equipe chegou.


Lá se vão doze anos. Retornei no último dia 02 de outubro, quando fizemos (eu e Antonieta Costa) uma apresentação na “Peixaria Boipá”, de Gleison Figueiredo. Fomos por via terrestre, naturalmente!


Gleison Figueiredo, pra quem não sabe, é um cuiabano apaixonado por Cuiabá. Atualmente morando em Sinop, abriu esse restaurante que é um delicioso cantinho cuiabano nesse imenso nortão mato-grossense.

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