terça-feira, 26 de outubro de 2010

POBRE PAUL (2008 - 2010)

Faleceu hoje, aos dois anos de idade, o polvo Paul, que se tornou o mais famoso molusco do mundo, ao prever os resultados da Seleção Alemã na Mundial de 2010, na África do Sul. Desempregado desde então, Paul vinha enfrentando sérios problemas de depressão. Pessoas próximas a ele dizem que Paul ultimamente estava intragável: não se conformava por estar distante dos holofotes. Não bastasse isso, o seu poder de vidência já não era mais o mesmo. Tanto que não previu a própria morte.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

FESTIVAIS DE PANCADARIAS

Eu não vi nada na imprensa local, mas em sites nacionais especializados está bombando http://tododjjasambou.virgula.uol.com.br/?p=1085. O DJ Anderson Noise, considerado pioneiro na música eletrônica no Brasil, dono de uma discografia imensa, foi violentamente espancado em Cuiabá, quando veio tocar na festa "White Label", dia 16 de outubro, no Centro de Eventos Pantanal. Encheram o cara de porrada, durante sua apresentação para cerca de 4000 pessoas. Também em uma boate em Várzea Grande os seguranças agrediram violentamente um de seus frequentadores este final de semana. A polícia precisa fiscalizar essas festas e essas casas noturnas. Afinal, a violência nesses lugares vem se tornando uma constante. Vôte!!!


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A PRESENÇA NEGRA EM MATO GROSSO

Quando o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá “Lázaro Papazian – Cháu” – MISC resolveu realizar esta Mostra, em parceria com o NEPRE – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação, da UFMT, não teve a pretensão de contemplar toda a produção artística e cultural da comunidade negra mato-grossense, pois temos consciência de sua enorme abrangência e complexidade. Portanto, uma mostra apenas não daria conta de revelar todo um universo de matriz africana circulando por este imenso Brasil, apesar de constantemente negado por construções ideológicas racistas. Há, além disso, a dificuldade de se encontrar tais contribuições registradas ou catalogadas, consequência de um longo processo de negação e invisibilidade do qual os negros são historicamente vítimas.

Sob o discurso da universalidade, o processo civilizatório ocidental sempre ignorou a presença negra, seja em que esfera for, desprezando o seu patrimônio sociocultural, acumulado ao longo de gerações. Suas expressões culturais são tidas como exóticas e atrasadas. Esse é o olhar do colonizador europeu que, ainda hoje, persiste. E, assim, as escolas ensinam mitologia grega, mas não ensinam mitologia africana. Foi preciso a criação, em 2003, da Lei 10.639, para se começar um movimento de ensino da história e da cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. As elites brancas sempre criaram as políticas culturais neste país, definindo o que deve ser preservado ou não. E, diante disso, o negro sempre sobrou. Mesmo quando, mais tarde, essas elites incorporam as criações e influências negras, antes desprezadas e reprimidas, identificando-as como símbolos de uma supostamente única identidade mato-grossense, o negro desaparece, torna-se invisível.

São quase trezentos anos de presença africana em Mato Grosso e a herança desses homens e mulheres não pode ser esquecida nem tampouco reduzida à participação na vida econômica deste Estado, como mão de obra escravizada, o que equivale a dizer que esses povos são dotados apenas de força física e desprovidos de intelecto e de sentido estético. Ressaltar a contribuição negra à cultura mato-grossense é uma questão de ética e, sobretudo, de justiça, pois estamos diante de contribuições que perpassam a vida deste Estado em aspectos que vão desde a língua, a culinária, a música, a dança e a visualidade, contemplando ainda valores sociais e concepções religiosas. São experiências de gerações, repletas de sentidos e saberes.

Discordando desse modelo racista e homogeneizador, o MISC quer intervir ideologicamente reafirmando a África como matriz do mundo, oportunizando à população negra o direito de se expressar, o direito à diferença, sem que esta tenha uma conotação de desigualdade ou separatismo. Enfim, queremos contribuir para que a população negra tenha o seu direito ao sonho. (Ivan Belém - diretor do MISC)


MOSTRA “A PRESENÇA NEGRA EM MATO GROSSO”


DE 05 DE OUTUBRO A 05 DE NOVEMBRO

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CUIABÁ

Rua Voluntários da Pátria, Centro 3617-1288

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ETERNA BAIXARIA...ATÉ QUANDO?

Enfim, terminou o processo eleitoral. Já não suportava mais ver a cara de certas figuras. Um teste para as nossas paciências também foi testemunhar a falta de criatividade e de propostas sérias. Toda eleição a mesma coisa. Velhos clichês repetidos à exaustão. A eterna baixaria. O Horário Eleitoral Gratuito foi uma infeliz ideia, que deveria ser abolida. Quem é que escolhe seus candidatos através do HEG? É tudo tão aborrecedor. Mas já passou. Veremos esse mesmo filme somente daqui há dois anos. E quanto ao resultado das urnas, heim? Amei o segundo turno para presidente. Foi um susto dado pelo povo à situação. Pena que Marina Silva tenha ficado de fora...Agora tanto faz: Dilma ou Serra, é tudo farinha do mesmo saco. Triste ainda é constatar que, para o governo do Estado, não tivemos ao menos um candidato que fosse uma alternativa a esses candidatos que aí estavam pleiteando nossos votos. Por outro lado, foi muito bom saber que velhas raposas dançaram nas urnas. Entre elas, lamentavelmente,estão algumas mulheres, elas que já possuem pouca representação. De qualquer forma, foi melhor assim. Essas mulheres que perderam as eleições também são velhas raposas que não mereciam estar onde estiveram anos a fio. A esperança é que surjam novas lideres capazes de nos encantar e nos orgulhar. Por enquanto não nos resta outra alternativa, a não ser lamentar, pois seremos obrigados a conviver com um governo reacionário e conservador, por mais quatro anos. Que decepção!