segunda-feira, 5 de julho de 2010

TCHUPA ESSA LARANJA E ENGOLE O BAGAÇO, by Creonice


Taí, é por isso que eu nem tchum pra Copa do Mundo... Da Copa eu só gosto do feriado e da oportunidade de comer água. Não entendo nada de futebol mesmo... Aliás, não consigo entender patavina. Quanto mais eu assisto, mais fico sem entender. Como é que pode um país inteiro parar pra ver um bando de homem correndo atrás de uma bola? As repartições públicas fecham no dia de jogo, os motoristas saem bêbados pelas ruas, as autoridades fingem que não vêem... O povo ri, chora, infarta, briga, sai louco pelas ruas, parecendo um bando de bobó tchera-tchera, figa! Desfilam pra lá e pra cá com a bandeira brasileira, dependurada nos carros... A tudo isso dão o nome de "patriotismo"... Que patriotismo é esse que só aparece de quatro em quatro anos? Se a seleção perde, as bandeiras desaparecem todas. Tem gente que até queima a pobrezinha... Patriotismo... Patriotismo meu cesso...Ai, gente, eu não aguento os brasileiros! Ainda por cima, acreditam que o Brasil continua bom de bola. E que a nossa grande inimiga em campo é a Argentina. Ora, qualquer timinho de várzea que joga malemá tenteano é inimigo da nossa seleção. E os nossos inimigos em campo vão só aumentando, a cada Copa. Daqui a pouco não vamos mais nem poder frequentar a ONU. Quá, já fomos bons de bola um dia. Agora já era. Futebol virou negócio. Não tem mais raça, não tem mais amor à camisa. O negócio é bom pra quem ta no campo. É bom também pras biscates, que agora ganharam o nome de "Maria Chuteira", aquele bando de mulher ocia atrás de um jogador rico pra emprenhar elas, garantindo uma pensão bem gorda. Antigamente os pais sonhavam em ver os filhos médicos. Agora o negócio é ter filho ou genro jogador de futebol. Não precisa nem estudar. Basta fingir suar a camisa. Desculpem a ignorância, mas essas coisas não entram mesmo na minha cabeça. Pensando bem até acho bom não entender, senão eu tava que nem vocês, depois da derrota contra a Holanda: com cara de bunda. Mas não se preocupem sis criança: se não foi na Copa passada e nem nesta, vamos esperar a de 2014... Se não der em 2014, tem a de 2018, a de 2022, a de 2026... E assim nós vamos tomando até encostar!

Creonice Belém do Pará é prima em segundo grau de Ivan Belém e, não sei se vocês perceberam, não é muito chegada em futebol






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